De acordo com o secretário, o governo está prestes a finalizar um acordo com o Senado em relação a esse pacote de medidas que visam garantir o equilíbrio das contas públicas. Um dos pontos de destaque é o acordo de deixar de fora o aumento na CSLL, contribuição que incide sobre o lucro das empresas. No entanto, Durigan assegurou que outras medidas incluídas no pacote contribuirão para o incremento da arrecadação, garantindo o equilíbrio fiscal almejado.
Durante a entrevista, o secretário executivo mencionou a implementação de um programa de pagamento de dívidas das empresas junto às agências reguladoras, assim como a adoção de medidas para repatriar ativos do exterior e a atualização de imóveis em cartórios, com descontos especiais. Durigan reforçou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tinha a intenção de atingir o equilíbrio fiscal já em 2023, porém, reconheceu que divergências de interesses demandam tempo para serem resolvidas.
Além disso, Durigan expressou confiança na manutenção do arcabouço fiscal, apesar da pressão gerada pelas despesas obrigatórias. Ele também destacou a possibilidade de um crescimento do PIB superior aos 2,5% projetados pelo governo, citando resultados otimistas na recuperação econômica do Rio Grande do Sul e o bom desempenho do setor de serviços.
Em relação à possibilidade de um aumento na taxa de juros para conter a inflação, Durigan preferiu não emitir opinião, enfatizando que essa é uma decisão do Banco Central. No entanto, ressaltou a importância de manter a meta contínua de inflação de 3%.
Em resumo, a entrevista concedida pelo secretário-executivo Dario Durigan revelou detalhes sobre as medidas adotadas pelo governo para garantir o equilíbrio fiscal e o crescimento econômico, evidenciando a complexidade e os desafios enfrentados para atingir esses objetivos.