Governo espanhol planeja adquirir participação na Telefónica para proteger interesses nacionais em meio à entrada da Arábia Saudita.

O governo espanhol está planejando adquirir uma participação na gigante das telecomunicações, Telefónica, através da Sociedade Estatal de Participações Industriais (SEPI), órgão de investimento do Estado. A decisão vem após a aquisição de 9,9% da empresa pela Saudi Telecom Company (STC) no início de setembro, um movimento que gerou surpresa e preocupação no governo espanhol.

A SEPI, que já havia saído do capital da Telefónica em 1997, tinha anunciado em 31 de outubro que estava realizando uma “análise exploratória” para considerar uma possível participação na companhia. E, de acordo com o meio de comunicação digital El Confidencial, a SEPI está cogitando adquirir 5% do capital, em coordenação com outros investidores nacionais, para servir de contrapeso à entrada da Arábia Saudita na companhia espanhola.

A presença de um acionista público na Telefónica seria considerada um reforço para a estabilidade acionária da empresa, e consequentemente, representaria a preservação de capacidades estratégicas de essencial importância para os interesses nacionais, destacou o Executivo de Sánchez em seu comunicado.

A aquisição da participação na Telefónica pela STC por 2,1 bilhões de euros (pouco mais de R$ 11 bilhões) pegou de surpresa o governo espanhol, que foi avisado no último momento. Este movimento levantou preocupações sobre a influência estrangeira na empresa de telecomunicações e gerou um debate sobre a necessidade de uma contrapartida nacional para equilibrar a situação.

A entrada da Arábia Saudita na Telefónica trouxe à tona a importância de manter um controle nacional sobre empresas estratégicas para o país, especialmente no setor de telecomunicações. O governo espanhol está apostando na aquisição de uma participação na Telefónica como uma forma de assegurar a proteção dos interesses nacionais e garantir a estabilidade acionária da empresa. A decisão final sobre a possível participação da SEPI na Telefónica ainda está em fase de análise, mas representa um movimento estratégico para proteger as capacidades fundamentais da empresa no mercado nacional.

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