Como resposta a essa tragédia, o governo egípcio tomou uma medida drástica: suspendeu as licenças de 16 empresas de turismo que facilitaram a viagem dos peregrinos para a Arábia Saudita. Segundo as autoridades, essas empresas falharam em fornecer serviços essenciais, como cuidados médicos e acomodações adequadas, resultando na exaustão dos peregrinos devido às altas temperaturas.
A agência de notícias Reuters revelou que algumas agências de viagens podem ter evitado o registro oficial para a peregrinação a fim de reduzir os custos dos pacotes turísticos. Além disso, as empresas foram criticadas por permitir que os peregrinos viajassem com vistos pessoais, em vez de vistos específicos que garantem acesso a cuidados médicos e aos locais sagrados.
A situação se agrava com relatos de que os representantes das empresas de viagens abandonaram os peregrinos em momentos de necessidade, desligando seus telefones celulares. Também há denúncias de falta de acesso a estações de resfriamento e água em meio às condições adversas do deserto.
Diante disso, surgem questionamentos sobre a preparação da Arábia Saudita para lidar com um grande número de peregrinos, especialmente aqueles que não estavam devidamente registrados para a jornada. O governo da Tunísia, por exemplo, prevê um aumento no número de mortes de peregrinos do país, à medida que se torna claro quantas pessoas viajaram com vistos de turista.
A tragédia na peregrinação a Meca levanta debates sobre segurança e assistência aos fieis que participam desse evento religioso de grande importância para os muçulmanos em todo o mundo.