Além disso, em um episódio marcante, as autoridades nicaraguenses decretaram o fechamento de 12 meios de comunicação associados à igreja, sendo que 7 deles eram administrados pela Diocese de Matagalpa. Essas ações têm gerado preocupação e críticas internacionais, principalmente por parte de relatores da ONU.
No final de maio de 2023, a Polícia Nacional emitiu um comunicado anunciando uma investigação contra a Igreja Católica por suspeitas de lavagem de dinheiro, o que resultou no congelamento das contas bancárias de três das nove dioceses católicas do país. Essa medida drástica demonstra o agravamento das relações entre o governo e a instituição religiosa.
As tensões atingiram seu ápice quando o presidente Ortega acusou membros da Igreja Católica de incentivarem atos terroristas, chegando a chamá-los de “bispos do demônio” e acusando-os de profanar o Santíssimo Sacramento. Essas acusações têm sido refutadas pela hierarquia católica local, que tem denunciado as ações do governo como uma interferência indevida nos assuntos da igreja.
A expulsão de membros da Igreja Católica e de defensores dos direitos humanos que criticam o governo tornou-se uma prática recorrente, com 42 casos registrados desde agosto de 2022. Recentemente, mais sete religiosos foram expulsos, aprofundando a crise entre o Estado e a igreja. A comunidade internacional segue atenta a esses acontecimentos e pede por diálogo e respeito aos direitos humanos na Nicarágua.