A grave crise econômica e as mudanças no funcionamento econômico da ilha têm resultado em um crescimento na desigualdade social. Este crescimento é resultado principalmente do crescimento do setor privado, que já conta com mais de 9 mil pequenas e médias empresas, as quais empregam mais de 260 mil pessoas.
Para enfrentar esta situação, o programa de estabilização busca realocar os recursos que o Estado gasta em subsídios universais. O objetivo é passar de um modelo que subsidia produtos para um modelo que subvencione economicamente setores sociais específicos. O primeiro-ministro argumentou que “não é justo que aqueles que têm muito recebam o mesmo que aqueles que têm muito pouco”.
Nos próximos meses, o Ministério do Trabalho e da Previdência Social se encarregará de realizar um levantamento dos setores sociais “vulneráveis” a fim de “não deixar ninguém desprotegido”. A intenção é retirar os subsídios dos setores de maior renda e manter esses subsídios para os setores sociais mais vulneráveis.
O programa também inclui medidas para reduzir os gastos orçamentários do Estado. O primeiro-ministro afirmou que o Estado não pode continuar com o subsídio “excessivo” de tarifas, como água, eletricidade, transporte e combustível. Portanto, as tarifas de eletricidade serão aumentadas em 25% para aqueles com altos níveis de consumo, enquanto a tarifa de água será triplicada. Além disso, o preço do combustível também sofrerá aumentos.
Essas medidas são justificadas diante da necessidade de enfrentar a crise econômica que afeta o país. O programa de estabilização tem como objetivo encontrar novas fontes de ingresso e avançar na redução dos gastos orçamentários do Estado. A situação econômica do país demanda a implementação de políticas que possam garantir uma distribuição mais equitativa dos recursos, visando proteger os setores mais vulneráveis da população.
