As contas do governo central englobam o Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social. Com o resultado de maio, as finanças públicas revertem a situação positiva observada nos primeiros quatro meses do ano, acumulando um déficit de R$ 30 bilhões em 2024. Em comparação com anos anteriores, esse é o pior resultado para o período desde 2020, porém há influência do pagamento do 13º do INSS e da antecipação de sentenças judiciais.
Em termos acumulados, o governo central já conta com um déficit de R$ 268,4 bilhões em 12 meses, representando 2,36% do PIB. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estabeleceu a meta de alcançar um déficit zero em 2024, mas o novo arcabouço fiscal permite um resultado negativo de até R$ 28,8 bilhões sem violar a meta.
No entanto, o alcance dessa meta depende de receitas extras no valor de R$ 168,3 bilhões a partir de medidas aprovadas pelo Congresso Nacional. Algumas dessas medidas, como a negociação especial para contribuintes derrotados no Carf, ainda não surtiram o efeito esperado, com adesão zero até o momento, refletindo desafios na arrecadação prevista para este ano. O cenário econômico permanece desafiador, com a necessidade de equilibrar as contas públicas e garantir a sustentabilidade fiscal para o futuro.