Anielle destacou que a reação de Portugal é resultado de séculos de reivindicações da população negra, e que o movimento está sendo impulsionado pelo recente encontro do Fórum de Afrodescendentes na ONU, em Genebra. A ministra ressaltou que essa é a primeira vez que um debate dessa dimensão está sendo realizado em nível internacional e que isso demonstra a urgência e relevância do assunto.
A questão da reparação pelos crimes da escravidão é um tema delicado e complexo, que envolve discussões sobre justiça histórica e responsabilização dos países que foram beneficiados economicamente com o tráfico de escravos. O Brasil, como país que recebeu o maior número de africanos escravizados durante o período colonial, tem um papel fundamental nesse debate.
É importante ressaltar que a busca por reparação não se limita apenas a questões financeiras, mas também envolve ações que promovam a igualdade racial e o combate ao racismo estrutural que ainda persiste na sociedade brasileira. O diálogo com Portugal é um passo importante nesse sentido, e espera-se que resulte em medidas efetivas para reparar as injustiças cometidas no passado e promover a justiça social no presente.