As petições, que possuem cerca de 20 páginas cada uma, apresentam trechos iguais, mesmo sendo assinadas por procuradores de estados diferentes. O objetivo da figura do amicus curiae é fornecer argumentos ao Judiciário sobre o tema em debate, na tentativa de influenciar a decisão do magistrado responsável. No caso, a ADI contra a lei paranaense está sob responsabilidade do ministro Dias Toffoli, enquanto o ministro Gilmar Mendes é o relator da ADI contra a legislação paulista.
O Paraná possui mais de 300 escolas cívico-militares em funcionamento, enquanto São Paulo busca ouvir a comunidade escolar para adotar o mesmo modelo. Os pedidos ao STF foram assinados por procuradores de Estado, sendo que no caso do Paraná, o governador Ratinho Junior também endossou o requerimento a Gilmar Mendes, o que não é comum.
Um dos pontos em comum entre os governadores é o secretário de Educação de São Paulo, Renato Feder, que já ocupou o mesmo cargo no Paraná. Ratinho Junior e Tarcísio de Freitas são frequentemente citados como possíveis candidatos à Presidência em 2026. As Procuradorias Gerais dos Estados defendem que as leis estaduais não são incompatíveis com a Constituição Federal e que as escolas cívico-militares não promovem uma militarização das crianças e adolescentes, visando apenas oferecer mais opções educacionais aos estudantes.