Essa declaração ocorre em meio a um contexto de tensão na TV Cultura, que está sendo alvo de uma CPI na Assembleia Legislativa do estado e enfrenta pressão por redução de verbas. Por um lado, o governo argumenta a necessidade de reduzir gastos e aumentar a eficiência da fundação, mas nos bastidores há um conflito em relação à independência da programação da emissora.
Apesar de ser uma emissora pública, a TV Cultura é gerida por um conselho que atua de forma independente em relação ao governo. Nos últimos anos, o Palácio dos Bandeirantes tem destinado cerca de R$ 100 milhões para a fundação, que alega se manter com 40% de verba pública e 60% de recursos próprios.
Durante um evento sobre concessão de rodovias, Tarcísio afirmou que está estudando cortes em todas as estruturas do governo, incluindo a Fundação Padre Anchieta. Ele ressaltou a importância de melhorias na gestão e defendeu a redução de custos como uma medida fundamental.
Apesar das declarações, Tarcísio enfatizou que ainda não há decisões definitivas sobre mudanças e cortes na fundação. Ele destacou a necessidade de um novo olhar para a administração pública, mencionando a importância de atualizar estruturas obsoletas e entregar mais com menos recursos.
A insatisfação do governador com a TV Cultura foi exposta durante um jantar com deputados aliados, no qual ele apontou o suposto excesso de funcionários na emissora em comparação com outras. Essa situação já gerava desconforto desde o início da gestão de Tarcísio e se intensificou recentemente com a proposta de uma CPI para investigar possíveis irregularidades na fundação.
Em resumo, a TV Cultura enfrenta um período de incertezas e tensões em relação a sua autonomia e financiamento, com o governo de São Paulo buscando cortes de gastos e melhorias na gestão da Fundação Padre Anchieta. A situação permanece sob análise e promete novos desdobramentos nos próximos dias.
