Segundo informações apuradas pela coluna, em um jantar em homenagem a Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, Tarcísio teria destacado a necessidade de “estancar essa sangria”, referindo-se à possibilidade de migração de parlamentares bolsonaristas para a candidatura de Marçal. Nesse sentido, a escolha do coronel Mello Araújo, apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, como vice na chapa de Nunes, seria uma estratégia para conter essa movimentação.
Para viabilizar essa articulação, Tarcísio está organizando um jantar no Palácio dos Bandeirantes, com a presença dos presidentes dos partidos envolvidos na negociação, como Baleia Rossi (MDB), Ciro Nogueira (PP), Marcos Pereira (Republicanos), entre outros. A iniciativa demonstra a urgência do governador em construir um consenso em torno da chapa de Ricardo Nunes, mesmo com resistências pontuais, como a do vereador Milton Leite e do partido União Brasil, que cogitavam outras possibilidades para a vice.
Antes da entrada de Marçal na disputa, Tarcísio e Nunes não viam Mello Araújo como uma opção relevante para atrair o eleitorado bolsonarista. No entanto, diante da nova conjuntura política, a presença do coronel na chapa ganhou destaque e passou a ser defendida com mais afinco, especialmente dentro do contexto de disputa acirrada que se desenha para a eleição municipal em São Paulo.
Portanto, a movimentação política em torno da definição do vice de Ricardo Nunes reflete as estratégias e articulações que marcam o cenário eleitoral na capital paulista, evidenciando a importância das alianças e dos acordos partidários para o sucesso de uma candidatura.