Repórter São Paulo – SP – Brasil

Governador critica proposta de tarifa zero para ônibus em São Paulo feita pelo prefeito Ricardo Nunes.

O Governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) não poupou críticas à proposta do Prefeito Ricardo Nunes (MDB) de implementar a tarifa zero nos ônibus da cidade de São Paulo aos domingos e/ou no período noturno a partir do próximo ano. Em declaração na última sexta-feira (24), o governador se mostrou “absolutamente contra” à ideia, argumentando que não vê viabilidade em oferecer um sistema de transporte para 8,3 milhões de passageiros sem cobrança de tarifa, devido às diferentes estruturas de custos envolvidas.

Tarcísio de Freitas também alertou que a implementação da tarifa zero poderia resultar em sacrifício de recursos de outras políticas públicas para sustentar o sistema de transporte sem custo aos passageiros, classificando a proposta como algo que “não faz sentido, não se sustenta e nós não vamos embarcar”. As declarações do governador foram feitas no Palácio dos Bandeirantes, após sua participação em um evento com representantes do agronegócio paulista.

O Prefeito Ricardo Nunes, por sua vez, propôs o estudo da tarifa zero em um momento estratégico, a menos de um ano das eleições municipais, onde ele irá tentar a reeleição. Segundo Nunes, o benefício irá representar um custo de R$ 400 milhões, com os primeiros testes previstos para serem realizados a partir de dezembro.

Além das críticas à proposta de tarifa zero, o governador Tarcísio de Freitas prometeu elevar o tom contra os servidores estaduais que votaram a favor de um indicativo de greve para a próxima terça-feira (28). Em sua declaração, o governador rejeitou a possibilidade de ser “escravizado por meia dúzia de pessoas de um sindicato que tem uma pauta própria, que está olhando para o próprio umbigo”, deixando claro que não irá tolerar esse tipo de atitude.

Com posições firmes e declarações contundentes, o embate entre o governador e o prefeito, aliado à iminência de uma possível greve dos servidores estaduais, coloca em evidência as tensões políticas e sociais que permeiam o debate sobre o transporte público na cidade de São Paulo. A população aguarda por desdobramentos e soluções que atendam às necessidades coletivas, em meio a um cenário de divergências e disputas de interesses.

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