Tarcísio de Freitas também alertou que a implementação da tarifa zero poderia resultar em sacrifício de recursos de outras políticas públicas para sustentar o sistema de transporte sem custo aos passageiros, classificando a proposta como algo que “não faz sentido, não se sustenta e nós não vamos embarcar”. As declarações do governador foram feitas no Palácio dos Bandeirantes, após sua participação em um evento com representantes do agronegócio paulista.
O Prefeito Ricardo Nunes, por sua vez, propôs o estudo da tarifa zero em um momento estratégico, a menos de um ano das eleições municipais, onde ele irá tentar a reeleição. Segundo Nunes, o benefício irá representar um custo de R$ 400 milhões, com os primeiros testes previstos para serem realizados a partir de dezembro.
Além das críticas à proposta de tarifa zero, o governador Tarcísio de Freitas prometeu elevar o tom contra os servidores estaduais que votaram a favor de um indicativo de greve para a próxima terça-feira (28). Em sua declaração, o governador rejeitou a possibilidade de ser “escravizado por meia dúzia de pessoas de um sindicato que tem uma pauta própria, que está olhando para o próprio umbigo”, deixando claro que não irá tolerar esse tipo de atitude.
Com posições firmes e declarações contundentes, o embate entre o governador e o prefeito, aliado à iminência de uma possível greve dos servidores estaduais, coloca em evidência as tensões políticas e sociais que permeiam o debate sobre o transporte público na cidade de São Paulo. A população aguarda por desdobramentos e soluções que atendam às necessidades coletivas, em meio a um cenário de divergências e disputas de interesses.