Para o líder indígena, a entrada dos militares rebeldes na praça Murillo, onde está localizado o palácio presidencial, não justifica a narrativa de um golpe de estado. Ele contestou a informação do governo de que 14 pessoas teriam sido feridas por disparos durante a ação militar, questionando se um golpe realmente necessita do uso de armas de fogo.
Morales também mencionou as eleições presidenciais de 2025, destacando a disputa interna no partido oficialista entre ele e seu ex-ministro da Economia, Luis Arce. Enquanto Morales expressou sua intenção de concorrer novamente à presidência, Arce ainda não revelou publicamente se pretende se candidatar à reeleição.
Por sua vez, o presidente boliviano, que sucedeu Morales após sua renúncia, afirmou ter avisado o ex-presidente sobre o golpe em andamento. Segundo Arce, ele tinha consciência de que seria um alvo, mas acredita que Morales também estava na mira dos responsáveis pelo movimento político.
A tensão política na Bolívia parece longe de se dissipar, com uma lacuna cada vez maior entre os partidários de Morales e Arce. Resta esperar as investigações para esclarecer os acontecimentos e definir os rumos do país nas próximas eleições presidenciais.