Repórter São Paulo – SP – Brasil

Gil Rugai deixa presídio após autorização judicial para cumprir o restante da pena em regime aberto com tornozeleira eletrônica.

O ex-seminarista Gil Rugai, condenado a 33 anos de prisão pelo assassinato de seu pai e madrasta em 2004, deixou a prisão em Tremembé nesta quarta-feira, após ser autorizado pela Justiça a cumprir o restante de sua pena em regime aberto. Gil sempre negou ter cometido o crime pelo qual foi condenado e sua progressão de regime foi alvo de controvérsias.

O pedido de progressão para o regime aberto foi feito pela defesa de Gil no ano passado, mas o Ministério Público se posicionou contra, argumentando que a gravidade dos crimes cometidos indicava uma inclinação à criminalidade por parte do réu. No entanto, relatórios de bom comportamento e avaliações psicológicas favoráveis foram determinantes para que a juíza autorizasse a progressão.

De acordo com a juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, Gil não apresentou nenhuma infração disciplinar durante o cumprimento de sua pena, obteve bons resultados em exames psicológicos e está cursando Arquitetura e Urbanismo com bom desempenho. A decisão judicial foi criticada pelo Ministério Público, que pretende recorrer.

O crime pelo qual Gil Rugai foi condenado ocorreu em 2004, quando seu pai e madrasta foram encontrados mortos a tiros em sua residência em São Paulo. Gil, que morava com o pai desde os 12 anos, foi acusado de cometer o duplo homicídio após ter sido expulso de casa dias antes do crime. O vigia da rua onde ocorreu o crime testemunhou que viu Gil saindo da casa na noite do assassinato, mas o réu sempre negou sua autoria.

Apesar das evidências que ligam Gil ao duplo homicídio, ele sempre manteve sua inocência. A autorização para cumprir o restante de sua pena em regime aberto levanta discussões sobre a reintegração de condenados à sociedade e a eficácia do sistema penal na ressocialização de indivíduos.

Sair da versão mobile