Repórter São Paulo – SP – Brasil

Gigantes do petróleo testarão tecnologia de separação de CO2 em campo submarino no Brasil para reduzir emissões.

Um consórcio formado pelas petroleiras Petrobras, TotalEnergies e Shell está prestes a testar uma nova e pioneira tecnologia em um campo de petróleo submarino localizado no Brasil. A iniciativa tem como objetivo separar o petróleo do CO2 no momento da extração, para que o gás seja reinjetado no reservatório, visando a redução da intensidade das emissões de gases de efeito estufa e o aumento da capacidade de produção do campo de Libra, como indicado em comunicado divulgado nesta segunda-feira (8) pela TotalEnergies.

Localizado na Bacia de Santos, a 2.100 metros de profundidade e sob uma densa camada de sal, o campo pré-sal de Libra detém reservas estimadas entre 8.000 e 12 bilhões de barris diários de petróleo. A tecnologia em questão irá separar o óleo, gás natural e CO2 nas camadas do reservatório, no fundo do mar, durante o processo de extração, antes que o óleo suba à superfície, com o gás sendo reinjetado no subsolo.

O consórcio responsável pelo campo de Libra é composto pela Petrobras (38,6%), TotalEnergies (19,3%), Shell Brasil (19,3%), China National Petroleum Corporation (9,65%), China National Offshore Oil Corporation (9,65%) e PPSA (Pré-Sal Petróleo S.A., 3,5%). A novidade é descrita como uma tecnologia pioneira, que permitirá reduzir o volume de gás enviado à superfície, evidenciando a preocupação das empresas envolvidas com a redução das emissões de CO2.

Essa inovação se alinha com uma tendência atual do setor de hidrocarbonetos, que tem apostado em tecnologias de captura e armazenamento de CO2 para limitar as emissões desse gás, principal causador do aquecimento global. Mesmo sendo tecnologias ainda incipientes, produtores de petróleo estão buscando maneiras de manter pelo menos parte de suas atividades minimizando o impacto ambiental.

A iniciativa do consórcio liderado pelas petroleiras Petrobras, TotalEnergies e Shell representa um passo importante no sentido de conciliar a produção de petróleo com a redução das emissões de CO2, apresentando-se como uma possível solução para o setor enfrentar os desafios ambientais e climáticos atuais. Este avanço tecnológico, a ser testado no campo de Libra, pode representar um marco na indústria petrolífera e abrir caminho para práticas mais sustentáveis na extração de petróleo no Brasil.

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