Em relação ao espaço para o macrismo na sua gestão, o ultradireitista agradeceu o apoio do ex-presidente Mauricio Macri e da candidata presidencial de centro-direita do Juntos pela Mudança, Patricia Bullrich, para o segundo turno das eleições. No entanto, ele não confirmou nenhum nome ligado diretamente aos partidos dos aliados. Milei fez questão de criticar o kirchnerismo e afirmou que há 90% de uma agenda comum com o PRO, partido de Macri, e que estão prontos para realizá-la.
A política de Milei em relação ao macrismo é uma mudança em relação às declarações durante a campanha eleitoral, quando acusou Bullrich de ter colocado bombas em jardins de infância durante a época em que era militante do grupo armado de esquerda Montoneros na década de 1970. Essa mudança de tom do ultraliberal devido à derrota no primeiro turno das eleições para o peronista de centro-esquerda Sergio Massa, com o objetivo de tentar conquistar parte dos votos de Bullrich.
A declaração de Milei e o seu posicionamento em relação ao macrismo e ao kirchnerismo prometem gerar polêmica e debates acalorados na política argentina. A formação do gabinete e as alianças políticas do futuro presidente são assuntos que continuarão sendo acompanhados pela mídia e pela população argentina. Nesse cenário de incertezas e controvérsias, a nomeação dos ministros e as medidas que serão adotadas pelo governo de Milei são bastante aguardadas e prometem ser fonte de intensos debates e análises políticas.
