O presidente Luis Arce denunciou o movimento como um golpe de Estado e afirmou que tudo foi preparado como um “autogolpe” por parte do general Zúñiga, que foi rapidamente contido e preso pelas forças leais ao governo. Zúñiga, por sua vez, alegou que a ação foi uma resposta à baixa popularidade do presidente e à crise econômica e financeira que assola o país.
A instabilidade política vivida pela Bolívia nos últimos meses tem afetado diretamente a governabilidade do país, com constantes protestos e tensões entre grupos políticos rivais. O general Zúñiga, ao liderar essa tentativa de golpe, colocou em xeque a estabilidade democrática conquistada após anos de ditadura.
O correspondente da RFI em Buenos Aires, Márcio Resende, destacou a gravidade da situação e a necessidade de uma resposta firme por parte das autoridades bolivianas para evitar uma escalada de violência e confrontos. A comunidade internacional também está atenta aos acontecimentos na Bolívia, demonstrando preocupação com a possibilidade de um retrocesso democrático no país.
Diante desse cenário, o presidente Arce terá o desafio de restabelecer a ordem e a confiança da população em seu governo, ao mesmo tempo em que enfrenta os desafios econômicos que assolam o país. A Bolívia segue em alerta, enquanto aguarda os desdobramentos desse episódio que ameaça a estabilidade política e social do país.