Uma tendência preocupante apontada pelo estudo é o fato de que os fabricantes de armas nucleares estão direcionando uma parte significativa desses investimentos para influenciar políticas governamentais e opiniões públicas. No ano de 2023, essas empresas investiram pelo menos US$ 6,3 milhões nesse tipo de lobby, visando manter e expandir suas atividades.
Além disso, as empresas envolvidas na produção de armas nucleares receberam novos contratos no valor de quase US$ 7,9 bilhões. Nos Estados Unidos e na França, por exemplo, essas empresas desembolsaram US$ 118 milhões em lobby, demonstrando o alcance e a influência desse setor.
Segundo a entidade responsável pelo levantamento, mais de US$ 123 milhões foram gastos no ano passado para contratar lobistas e financiar grupos que favorecem a manutenção e a expansão do debate nuclear. Nos últimos cinco anos, os gastos com armas nucleares ultrapassaram a marca de US$ 387 bilhões, com um aumento de 34% nos investimentos anuais.
O dinheiro investido nessas armas tem sido utilizado para modernizar e expandir os arsenais existentes, sem planos claros de desarmamento no horizonte. Alguns contratos de fabricação têm previsão de durar até 2040, o que levanta questões sobre a perpetuação desse cenário de militarização global. É importante refletir sobre o impacto desses investimentos e buscar alternativas que priorizem a paz e a segurança internacional.