Segundo Jorge Eduardo Dantas, porta-voz da Frente de Povos Indígenas do Greenpeace, a expulsão dos garimpeiros dessas terras é uma demanda urgente dos povos originários, tendo sido parcialmente realizada na Terra Yanomami em 2023, mas ainda pendente nas terras dos kayapó e munduruku. A destruição dos ecossistemas, a desestabilização das populações tradicionais e a ameaça à capacidade de combater a crise climática são consequências graves do garimpo, que exigem a atenção e a ação de todos.
Apesar da redução nos índices de desmatamento dentro desses territórios, o Greenpeace alerta que os garimpeiros têm buscado novas áreas no entorno das regiões já exploradas, dificultando a detecção por imagens de satélite. As Terras Indígenas Kayapó, Yanomami e Munduruku foram as mais afetadas, com uma diminuição no desmatamento em comparação com o ano anterior, mas ainda com sérios impactos ambientais.
Além disso, a organização ressalta a expansão da atividade do garimpo em áreas próximas a outras regiões protegidas, como o Parque Nacional do Pico da Neblina e o Parque Nacional dos Campos Amazônicos, além das Terras Indígenas Apurinã, Sete de Setembro e Zoró, que também estão sob ameaça de novos focos de garimpo.
Diante desse cenário preocupante, é fundamental que medidas efetivas sejam tomadas para proteger esses territórios indígenas e garantir a preservação da Amazônia e de suas populações tradicionais. A atenção e mobilização da sociedade civil são essenciais para combater essa prática ilegal e preservar um patrimônio natural e cultural tão importante para o Brasil e para o mundo.