Repórter São Paulo – SP – Brasil

Garças são avistadas nas ruas alagadas de Porto Alegre após enchente do lago Guaíba, criando cena inusitada no bairro Praia de Belas.

Na última semana, a região central de Porto Alegre foi impactada pela enchente do lago Guaíba, trazendo consigo uma cena inusitada no bairro Praia de Belas. Garças foram avistadas voando pelas ruas alagadas, se aproximando dos carros e se alimentando dos peixes que nadavam sobre o asfalto e as calçadas submersas.

Estas aves, características do bairro Praia de Belas, são comumente encontradas próximas ao curso d’água do arroio Dilúvio, de onde provavelmente migraram durante a inundação. Com a volta da operação da Estação de Bombeamento de Água Pluvial 16, a quantidade de água nas ruas diminuiu, porém ainda é visível em muitas vias.

O arroio Dilúvio, que recebe a água dos bueiros, está sobrecarregado, impedindo o escoamento adequado e contribuindo para a presença de peixes vivos e mortos nas áreas inundadas do bairro. A Smamus, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade, esclarece que o arroio Dilúvio é um corredor de biodiversidade e que as aves que ali habitam utilizam a vegetação como descanso durante seus deslocamentos.

Além das garças, outras espécies de aves como martim-pescador, socó, quero-quero e bem-te-vi fazem parte da fauna dos arredores do arroio Dilúvio. Com as chuvas atingindo o Rio Grande do Sul, a região metropolitana viu a circulação de animais em áreas pouco comuns, incluindo jacarés, capivaras, lontras e cágados.

A equipe de fauna silvestre da Smamus está monitorando a circulação das garças em ambientes urbanos e orienta a população a não interferir no deslocamento dos animais. Em casos de risco à vida dos animais, a população pode acionar a equipe através do número 156, do aplicativo e site da prefeitura ou pelo telefone (51) 3289-7517, em horário comercial nos dias úteis.

A situação das garças no bairro Praia de Belas é mais um reflexo das mudanças climáticas e da interferência humana no meio ambiente, destacando a importância da preservação da fauna e da flora local em face de eventos extremos como as enchentes.

Sair da versão mobile