Repórter São Paulo – SP – Brasil

Gabriel Galípolo é indicado por Lula para presidência do Banco Central em meio a expectativas do mercado financeiro

O governo oficializou nesta quarta-feira (28) o nome de Gabriel Galípolo como indicado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir a presidência do Banco Central. O anúncio foi feito pelo ministro Fernando Haddad, no Palácio do Planalto, e já era esperado pela comunidade econômica. Galípolo, de 42 anos, atualmente diretor de Política Monetária do BC, deverá passar por sabatina no Senado sem data marcada, e se aprovado, terá mandato de 2025 até 2028.

O economista Gabriel Galípolo deverá substituir Roberto Campos Neto, que foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em 2019 e encontra-se no cargo até o final deste ano. A proximidade de Galípolo com o governo de Lula tem gerado desconfiança no mercado, que teme uma possível leniência no combate à inflação a partir de 2025, uma vez que o Comitê de Política Monetária terá maioria de membros indicados pelo presidente.

Durante a campanha presidencial de 2022, Galípolo foi um dos conselheiros econômicos da campanha de Lula, recebendo elogios públicos do presidente. Sua passagem pela secretaria-executiva da Fazenda, como o número dois de Haddad, e sua atuação como diretor do BC o credenciam como um nome técnico para o cargo.

O episódio desta sexta-feira (29) do Café da Manhã da Folha de São Paulo discutiu a indicação de Gabriel Galípolo à presidência do Banco Central. As repórteres da Folha em Brasília, Adriana Fernandes e Nathalia Garcia, analisaram a trajetória do economista e o cenário econômico que ele encontrará ao assumir o cargo. O programa de áudio está disponível no Spotify e é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com produção de Laura Lewer e Lucas Monteiro.

A escolha de Galípolo como presidente do Banco Central será um dos temas mais importantes da agenda econômica nos próximos anos, impactando diretamente na política monetária do país e na condução da inflação. Resta agora aguardar a sabatina no Senado e a aprovação do nome do economista para o cargo.

Sair da versão mobile