A ausência de licitação para a contratação de serviços é uma prática questionável, já que fere a legislação e cria margem para possíveis irregularidades. No caso específico da intervenção federal no Rio de Janeiro, essa conduta ganha ainda mais destaque devido ao contexto delicado em que ela ocorre.
Desde fevereiro de 2018, o gabinete de intervenção tem como objetivo combater a escalada de violência e a criminalidade no estado fluminense. No entanto, os resultados até o momento têm deixado a desejar. A população continua sofrendo com o aumento dos índices de criminalidade, e os recursos destinados à segurança pública parecem não surtir o efeito esperado.
Diante desse cenário, a falta de transparência nos contratos firmados pelo gabinete de intervenção é um motivo de preocupação para especialistas e também para a sociedade civil. Afinal, como saber se o dinheiro público está sendo utilizado de maneira eficiente e correta se não há uma seleção competitiva de empresas?
Além disso, a prática de fechar contratos sem licitação também pode abrir espaço para a corrupção. Sem a devida fiscalização e concorrência, torna-se mais fácil direcionar verbas para empresas e pessoas ligadas aos próprios agentes públicos responsáveis pela celebração dos contratos.
É necessário, portanto, que haja uma investigação sobre esses contratos firmados pelo gabinete de intervenção federal no Rio de Janeiro. A população tem o direito de saber se o dinheiro investido está sendo utilizado corretamente e se há efetividade nas ações realizadas.
É importante ressaltar que esse tipo de conduta não deve ser tolerado, principalmente em situações excepcionais como a intervenção federal. O combate à criminalidade e a promoção da segurança pública são assuntos de extrema importância e que não podem ser negligenciados ou tratados com descaso.
Tendo em vista esses fatos, é essencial que medidas sejam tomadas para corrigir os erros cometidos e garantir que a atuação do gabinete de intervenção seja transparente e eficiente. Só assim será possível restabelecer a confiança e oferecer uma perspectiva positiva para o futuro do Rio de Janeiro e de sua população.
