A inclusão da taxação dos super-ricos no comunicado do G20 foi uma conquista para a presidência brasileira, que defendeu essa medida como forma de promover um diálogo global sobre tributação justa e progressiva. No entanto, durante as negociações, o Brasil precisou fazer concessões para alcançar um consenso entre os países membros. Os Estados Unidos, por exemplo, se opuseram a qualquer menção a um imposto internacional e vetaram a designação do documento como uma forma de “taxação internacional”.
Apesar das resistências, o comunicado final do G20 expressa o compromisso dos países em promover a cooperação tributária internacional, reconhecendo a tributação como uma questão de soberania nacional. O texto também menciona a realização de estudos encomendados pela presidência brasileira do G20 ao FMI e a Gabriel Zucman, economista francês, além de referir-se a um relatório da OCDE sobre taxação e desigualdades.
Os ministros do G20 afirmam estar dispostos a continuar as discussões sobre a tributação dos super-ricos em fóruns internacionais, com o objetivo de desenvolver um sistema de tributação mais justo, estável e eficiente. A cooperação entre os países membros busca maximizar as sinergias entre os diferentes fóruns internacionais existentes, visando a promoção de uma tributação mais equitativa e a redução das desigualdades econômicas.