Além do Patrícia, outros furacões foram citados no estudo, como o Surigae (2021), Goni (2020), Meranti (2016) e Hayian (2013), sendo este último considerado o mais mortal desde o século 19. Na ocasião, ventos de 315 km/h assolaram o sudeste asiático, resultando na trágica morte de 6.300 pessoas nas Filipinas.
Os cientistas envolvidos na pesquisa também apontam para um aumento na frequência desses fenômenos climáticos. Dos 197 ciclones tropicais de nível 5 registrados nos últimos 42 anos, metade deles ocorreu nos últimos 17 anos. Para Michael Wehner e James Kossin, pesquisadores das universidades norte-americanas de Berkeley e Wisconsin-Madison, a tendência é que o recorde de velocidade dos ventos seja continuamente superado, à medida que o planeta continua se aquecendo.
Esses resultados são alarmantes e alertam para a urgência de ações efetivas para enfrentar as mudanças climáticas. O aumento na intensidade e frequência dos furacões de categoria 5 representa uma ameaça significativa para comunidades costeiras em todo o mundo. Além disso, a vulnerabilidade dessas comunidades é agravada por questões socioeconômicas e ambientais, o que justifica a necessidade de políticas de mitigação e adaptação mais robustas.
Diante desse cenário, é fundamental que os governos, instituições e sociedade civil se unam em esforços para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, promover o uso de energias renováveis e adotar práticas sustentáveis. Somente com ação coletiva e conscientização sobre a urgência das mudanças climáticas poderemos minimizar os impactos devastadores dos furacões de categoria 5 e proteger as comunidades vulneráveis em todo o mundo.