Repórter São Paulo – SP – Brasil

Funeral do líder político do Hamas em Teerã reúne milhares de pessoas pedindo vingança contra Israel em cerimônia emocionante.

Milhares de pessoas se reuniram em Teerã nesta quinta-feira para participar do funeral do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, que foi assassinado em um ataque atribuído a Israel. O clima de revolta tomou conta da multidão, que clamava por vingança diante da perda de um dos líderes mais emblemáticos do movimento islamista palestino.

A procissão funerária teve início na Universidade de Teerã, onde milhares de iranianos se juntaram para prestar suas homenagens a Haniyeh. Entre bandeiras palestinas e fotos do líder falecido, os presentes expressaram sua indignação com o gesto de Israel, responsabilizando o país pelo assassinato.

O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, foi o responsável por conduzir as orações em memória de Haniyeh durante o funeral. Em seu discurso, ele fez questão de ameaçar Israel com um possível “castigo duro” pelo ocorrido, destacando a gravidade do ataque e a importância de se buscar justiça.

Além do assassinato de Haniyeh, o bombardeio israelense em Beirute, que resultou na morte de Fuad Shukr, comandante militar do Hezbollah, agravou ainda mais a situação na região. O temor de uma escalada do conflito é latente, alimentando o clima de tensão e incertezas.

Diante dos apelos por vingança e das declarações inflamadas das autoridades iranianas, a comunidade internacional vem pedindo calma e a continuidade dos esforços em busca de um cessar-fogo em Gaza. O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, e o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, destacaram a importância do diálogo e da redução da escalada de violência na região.

Enquanto o Irã se prepara para o enterro de Haniyeh em Doha, a tensão segue alta e as expectativas de um desfecho pacífico para a situação se tornam cada vez mais desafiadoras. A morte do líder do Hamas deixou um vácuo político e emocional, reacendendo o debate sobre o conflito no Oriente Médio e os caminhos possíveis para a paz na região.

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