A Rússia acusou a França de se recusar a cooperar no caso, pois a polícia francesa deteve o bilionário franco-russo em Paris. Segundo informações, Durov é suspeito de diversos delitos, incluindo fraude, tráfico de drogas, cyberbullying, crime organizado e promoção do terrorismo. A agência francesa OFMIN emitiu um mandado de prisão contra ele como parte de uma investigação em andamento.
O Telegram se pronunciou afirmando que seu CEO não tem nada a esconder e viaja frequentemente para a Europa, garantindo que a plataforma cumpre as leis da União Europeia e segue padrões de moderação da indústria. A empresa destacou a absurdidade de responsabilizar a plataforma ou seu proprietário pelos abusos cometidos por usuários.
Autoridades russas solicitaram acesso a Durov, porém não obtiveram resposta da França. A embaixada russa em Paris divulgou um comunicado exigindo a proteção dos direitos do bilionário. O empresário Elon Musk demonstrou apoio a Durov nas redes sociais utilizando a hashtag #FreePavel.
O Telegram é conhecido por ser uma alternativa aos aplicativos de mensagens dos EUA, já que se compromete a proteger a privacidade dos usuários e nunca revelar informações pessoais. Durov, em entrevista, relatou que a ideia de criar o aplicativo surgiu após pressões do governo russo durante seu trabalho na VK. O Telegram possui mais de 900 milhões de usuários ativos e conta com uma sede em Dubai.
O aplicativo permite grupos com até 200 mil membros, o que levantou críticas sobre a disseminação de informações falsas e conteúdos inadequados. O WhatsApp, concorrente do Telegram, introduziu limites para o encaminhamento de mensagens após ser acusado de permitir a propagação de fake news na Índia.