A decisão foi tomada por 64,5% dos 1.105 trabalhadores que participaram da assembleia. A NAV Brasil possui um total de 1.698 empregados e é responsável por 38% dos pousos e decolagens no Brasil. O Sindicato Nacional dos Trabalhadores na Proteção ao Voo (SNTPV), representante da categoria, definiu que durante a primeira semana de greve os funcionários irão parar por uma hora por dia, e na semana seguinte, entre os dias 16 e 21 de outubro, a paralisação será de duas horas diárias.
Os funcionários reivindicam um reajuste salarial de 8,5%, que representa a reposição da inflação desde o último acordo, enquanto a estatal oferece um aumento de 4,83%. Além disso, o sindicato também exige melhorias nas condições do auxílio à saúde e a realização de concursos para áreas administrativas e operacionais.
A NAV Brasil informará com antecedência as paralisações às empresas aéreas, outros sindicatos relacionados e ao Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), e garantirá a continuidade dos serviços inadiáveis.
Vale ressaltar que a NAV Brasil foi criada pelo governo de Jair Bolsonaro em dezembro de 2020, a pedido dos militares, e resulta da divisão da Infraero, que é responsável pela administração dos aeroportos ainda não privatizados no país.
Os profissionais da NAV Brasil fazem parte do segmento civil do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (Sisceab), enquanto o segmento militar é responsável pela prestação de serviços de navegação aérea através do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), da Força Aérea Brasileira (FAB).
Cabe destacar que essa paralisação pode trazer consequências para o setor aéreo, impactando os passageiros e as empresas. É importante que as partes envolvidas busquem uma solução negociada o mais rápido possível, visando minimizar os transtornos e garantir a segurança e eficiência dos serviços de controle aéreo no país.