De acordo com Anete Fernandes, meteorologista do Inmet, a fumaça que cobre a região é resultado de uma combinação de fatores, como poeira, poluição e queimadas nas redondezas. A falta de chuvas e as altas temperaturas têm contribuído para a piora da situação, com termômetros marcando até 35 graus nos últimos dias e a umidade relativa do ar abaixo de 20%.
Nesta quinta-feira, a umidade relativa do ar chegou a 17%, colocando Belo Horizonte em alerta vermelho de baixa umidade, indicando um “grande perigo” e elevando o risco de incêndios florestais, além de potenciais problemas de saúde para a população, como doenças respiratórias e dores de cabeça.
O tempo seco e quente deve persistir nos próximos dias, com a umidade relativa do ar abaixo dos 20% até a segunda-feira. A recomendação da OMS é de 60%, o que mostra a gravidade da situação em Belo Horizonte.
Com mais de 140 dias sem chuva, a cidade enfrenta uma série de focos de incêndio em vegetações, agravados pelas condições climáticas desfavoráveis. Na região metropolitana, no último domingo, foram registradas pelo menos cinco ocorrências em menos de 12 horas.
Nesta quinta, um incêndio de grandes proporções atingiu o bairro Jardim Vitória, na região nordeste da capital, chegando próximo a residências. Segundo o Corpo de Bombeiros, as condições climáticas favoráveis ao fogo contribuíram para a rápida propagação das chamas, mas não houve feridos.
As autoridades têm recomendado medidas de prevenção, como se manter hidratado, evitar exposição ao sol entre as 10h e 17h, e não provocar queimadas. Em caso de problemas respiratórios, a população deve procurar ajuda especializada. A situação climática em Belo Horizonte requer atenção e cuidado por parte dos moradores da região.