O governo do presidente Alan García, do partido Aliança Popular Revolucionária Americana (APRA), enfrentou uma grave crise de hiperinflação, enquanto o país também lidava com a violência promovida pelo grupo guerrilheiro Sendero Luminoso. Nesse contexto, surgiram candidatos que ofereciam uma nova esperança para os problemas do país.
Alberto Fujimori aproveitou-se desse clima de insatisfação para liderar o movimento Câmbio 90, composto por indivíduos sem experiência política e desiludidos com as elites do país. Mesmo sendo um professor universitário desconhecido, Fujimori conseguiu se destacar e conquistar a confiança do eleitorado.
Com uma estratégia que rejeitava as obrigações partidárias e apelava para as classes mais baixas e eleitores independentes, Fujimori conseguiu vencer as eleições de 1990. Evitando definições ideológicas e cultivando a imagem de líder incorruptível, ele conquistou 62,4% dos votos, superando seu oponente no segundo turno.
A vitória de Fujimori representa não apenas uma mudança de governo, mas o surgimento de uma nova era na política peruana. Sua eleição foi resultado de um momento de crise e desilusão, onde a população clamava por mudanças e por um líder que fosse capaz de resolver os graves problemas enfrentados pelo país.
