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Fuga de detentos de presídio de segurança máxima em Mossoró (RN) coloca em xeque protocolos de segurança e mobiliza forças de busca.

Na madrugada da última terça-feira (13), uma fuga inédita aconteceu na penitenciária federal de segurança máxima em Mossoró, no Rio Grande do Norte. Dois detentos, identificados como Rogério da Silva Mendonça, também conhecido como Tatu, e Deibson Cabral Nascimento, chamado de Deisinho, conseguiram escapar do presídio, desencadeando uma intensa operação de busca que envolveu as forças de segurança do estado.

Segundo as investigações, os fugitivos possuem ligação com o Comando Vermelho, uma facção criminosa conhecida nacionalmente. A suspeita é de que os detentos tenham utilizado materiais de uma obra do pátio da penitenciária para executar a fuga. Eles teriam saído pela luminária da cela, adentrado o local de manutenção do presídio, alcançado o teto desprotegido e cortado uma grade que dava acesso ao mundo exterior.

O caso gerou grande comoção na região, principalmente na comunidade de Barrinha, onde os moradores se viram amedrontados com a possibilidade dos fugitivos terem sido vistos. O comércio local também foi afetado, fechando mais cedo por medida de segurança.

Diante da gravidade do ocorrido, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, determinou o afastamento imediato da direção da penitenciária em Mossoró e escalou um interventor para comandar a gestão da unidade. Além disso, o Ministério da Justiça suspendeu banhos de sol, visitas sociais e de advogados nos presídios federais, implementando uma série de medidas emergenciais para conter a situação.

As autoridades também mobilizaram esforços em busca dos fugitivos, envolvendo a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e as polícias militares do Rio Grande do Norte e do Ceará, além do pedido de colaboração das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (FICCO) para ampliar as buscas pelos foragidos.

O sistema penitenciário federal possui a finalidade de combater o crime organizado, isolando líderes e presos de alta periculosidade. Mossoró é uma das cinco unidades federais de segurança máxima, e a fuga inédita dos detentos trouxe à tona falhas nos protocolos de segurança e infraestrutura do presídio, exigindo um amplo processo de revisão e modernização.

Diante do impacto e da gravidade das fugas, as autoridades seguem empenhadas em localizar e recapturar os foragidos, contando com diversos recursos e estratégias para garantir a segurança da população e a integridade do sistema penitenciário.

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