Segundo as investigações, os fugitivos possuem ligação com o Comando Vermelho, uma facção criminosa conhecida nacionalmente. A suspeita é de que os detentos tenham utilizado materiais de uma obra do pátio da penitenciária para executar a fuga. Eles teriam saído pela luminária da cela, adentrado o local de manutenção do presídio, alcançado o teto desprotegido e cortado uma grade que dava acesso ao mundo exterior.
O caso gerou grande comoção na região, principalmente na comunidade de Barrinha, onde os moradores se viram amedrontados com a possibilidade dos fugitivos terem sido vistos. O comércio local também foi afetado, fechando mais cedo por medida de segurança.
Diante da gravidade do ocorrido, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, determinou o afastamento imediato da direção da penitenciária em Mossoró e escalou um interventor para comandar a gestão da unidade. Além disso, o Ministério da Justiça suspendeu banhos de sol, visitas sociais e de advogados nos presídios federais, implementando uma série de medidas emergenciais para conter a situação.
As autoridades também mobilizaram esforços em busca dos fugitivos, envolvendo a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e as polícias militares do Rio Grande do Norte e do Ceará, além do pedido de colaboração das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (FICCO) para ampliar as buscas pelos foragidos.
O sistema penitenciário federal possui a finalidade de combater o crime organizado, isolando líderes e presos de alta periculosidade. Mossoró é uma das cinco unidades federais de segurança máxima, e a fuga inédita dos detentos trouxe à tona falhas nos protocolos de segurança e infraestrutura do presídio, exigindo um amplo processo de revisão e modernização.
Diante do impacto e da gravidade das fugas, as autoridades seguem empenhadas em localizar e recapturar os foragidos, contando com diversos recursos e estratégias para garantir a segurança da população e a integridade do sistema penitenciário.