Franceses homenageiam vítimas em Israel, após ataque do Hamas deixar 42 mortos e reféns ainda desaparecidos.

A homenagem às vítimas do ataque do movimento islâmico palestino, que deixou mais de 1.160 mortos, a maioria civis, está marcada para acontecer quatro meses após o ocorrido. Essa será a primeira homenagem desse tipo realizada fora de Israel e tem gerado controvérsias e reações políticas na França.

De acordo com um balanço da agência da AFP, baseado em dados oficiais israelenses, a ofensiva desencadeada pelo ataque do Hamas resultou na guerra na Faixa de Gaza. Até o momento, pelo menos 42 concidadãos ou franco-israelenses morreram no ataque, três ainda estão desaparecidos e continuam detidos como reféns. Além disso, quatro reféns foram libertados e seis ficaram feridos. Este é o maior número de vítimas francesas desde o ataque em Nice, em 2016, que deixou 86 mortos e mais de 400 feridos.

Os preparativos para a cerimônia de homenagem têm gerado polêmica, com protestos de deputados governistas e da direita contra a presença de representantes do partido de extrema esquerda, A França Insubmissa. Além disso, cinco famílias franco-israelenses escreveram ao presidente Macron pedindo que Jean-Luc Mélenchon, líder da esquerda radical, fosse proibido de participar da homenagem.

Porém, o Palácio do Eliseu, sede da presidência francesa, defende a iniciativa da homenagem como “republicana” e reforça que todos os parlamentares estão convidados. O presidente do Conselho Representativo das Instituições Judaicas na França, Yonathan Arfi, elogiou o governo pela ação, afirmando que ela visa inserir na consciência coletiva os nomes, os rostos e o destino das vítimas francesas.

A cerimônia será encerrada com o presidente francês se reunindo com as famílias das vítimas, muitas das quais vieram de Israel em um voo especial. Entre elas, Ayala Yahalomi Luzon, que não tem noticias de seu irmão Ohad, de 49 anos, há “123 dias”, pediu “ações concretas para trazer (os reféns) para casa”.

A homenagem visa honrar a memória das vítimas francesas do ataque do Hamas e manter viva a consciência do impacto desse evento trágico. A presença de diferentes figuras políticas e as reações divergentes evidenciam as tensões e desafios presentes na questão geopolítica do Oriente Médio.

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