Repórter São Paulo – SP – Brasil

França em incerteza política após resultados eleitorais e possibilidade de coalizões improváveis em segundo turno.

Neste último domingo, a França foi palco de uma eleição que agitou não apenas o país, mas toda a Europa. O partido anti-imigrante e eurocético RN surpreendeu ao obter cerca de 29% dos votos, superando os rivais esquerdistas e centristas. Essa vitória consolidou a posição do RN como força política em ascensão, enquanto a aliança Together do presidente Emmanuel Macron foi considerada vencedora em uma margem de 20,5% a 23%.

Os resultados da votação refletiram o alto índice de comparecimento dos eleitores, que foi significativamente maior do que em eleições anteriores. Por volta das 15h, a participação já alcançava quase 60%, em comparação com os 39,42% registrados dois anos atrás. Esse foi o maior índice de comparecimento desde a votação legislativa de 1986, destacando o interesse e a energia do eleitorado francês diante da crise política atual.

A Nova Frente Popular, uma coalizão de esquerda montada às pressas, surpreendeu ao obter 29% dos votos, o que a coloca em uma posição estratégica para o segundo turno, que está marcado para 7 de julho. As negociações políticas que ocorrerão ao longo da semana serão decisivas para determinar como os partidos irão se aliar nos 577 distritos eleitorais da França.

A decisão do presidente Macron de convocar eleições antecipadas provocou incerteza política e tumulto nos mercados financeiros. Agora, a França se vê diante de um cenário de grande expectativa e especulação política, enquanto os partidos buscam formas de impedir o avanço do RN e manter a estabilidade do país. A dinâmica da “frente republicana” está mais incerta do que nunca, tornando o cenário político francês ainda mais imprevisível.

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