A fortuna dessas pessoas também cresceu significativamente, chegando a um patrimônio total de US$ 86,8 trilhões, um aumento de 4,7% em comparação com o ano passado. Esses valores representam recordes desde o início da publicação do estudo pela Capgemini em 1997.
O crescimento das fortunas é atribuído principalmente ao desempenho positivo das Bolsas de valores em todo o mundo. Em 2023, índices como o Nasdaq e o S&P 500 nos Estados Unidos tiveram avanços significativos, assim como outros índices em Paris e Frankfurt. O entusiasmo em torno da inteligência artificial generativa também impulsionou o crescimento das ações, de acordo com a consultoria.
A Capgemini utiliza uma metodologia que envolve registros estatísticos e a curva de Lorenz para analisar a situação de 71 países em termos de riqueza. Em 2022, houve um retrocesso no patrimônio dos mais ricos devido à queda nas cotações.
No ano passado, a América do Norte registrou o maior aumento no número de milionários, com um crescimento de 7,1%, seguida pela Ásia-Pacífico e Europa. O aumento da riqueza e as crescentes desigualdades têm gerado debates sobre a forma como as grandes fortunas podem contribuir de maneira mais eficiente com os impostos. O Brasil e a França, por exemplo, defendem a adoção de um imposto mínimo mundial para os maiores patrimônios, que poderia gerar bilhões em receitas adicionais se os bilionários contribuíssem com uma porcentagem de sua fortuna em impostos sobre a renda.
O cenário atual destaca a disparidade econômica existente no mundo e a necessidade de se discutir medidas mais equitativas para lidar com a concentração de riqueza.