Repórter São Paulo – SP – Brasil

Flávio Dino pode se tornar o segundo ministro nordestino na atual composição do STF caso seja aprovado pelo Senado.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para o Supremo Tribunal Federal (STF). Caso aprovado pelo Senado, Dino se tornará o segundo magistrado do Nordeste na atual composição da Corte, ao lado do ministro Nunes Marques, de Teresina, no Piauí.

A questão da desigualdade na representação dos Estados na história das indicações dos ministros é uma realidade no atual STF. Dos atuais membros, sete ministros são do Sudeste, um do Sul, um do Nordeste, um do Centro-Oeste e nenhum do Norte, de acordo com dados do tribunal.

No entanto, o ministro Flávio Dino poderá se tornar o sexto nascido no Maranhão a integrar o Supremo no período republicano. Antes dele, Costa Barradas, Pindahiba de Mattos, João Pedro Belfort Vieira, Viveiros de Castro e Carlos Madeira também passaram pelo plenário da Corte.

Além disso, segundo dados do tribunal, os Estados mais representados na história republicana foram Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul, enquanto o Nordeste teve 55 ministros indicados ao longo dos anos, com a Bahia e Pernambuco sendo os mais representados.

Outro fator que chama atenção é que em 132 anos de existência da Corte, seis Estados e o Distrito Federal não tiveram sequer um ministro indicado. São eles: Acre, Amapá, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima e Tocantins.

A formação atual do STF é representada por ministros de seis Estados diferentes, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais e Piauí. Destaca-se também o ministro Gilmar Mendes, que nasceu em Mato Grosso, mas construiu sua carreira principalmente em Brasília.

A indicação de Flávio Dino para o STF traz mais diversidade geográfica à Corte e amplia a representatividade dos Estados nordestinos, que historicamente tiveram menos representação no tribunal. Resta aguardar a aprovação do Senado para que o ministro possa assumir o cargo e contribuir para a pluralidade no Supremo Tribunal Federal.

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