A questão da desigualdade na representação dos Estados na história das indicações dos ministros é uma realidade no atual STF. Dos atuais membros, sete ministros são do Sudeste, um do Sul, um do Nordeste, um do Centro-Oeste e nenhum do Norte, de acordo com dados do tribunal.
No entanto, o ministro Flávio Dino poderá se tornar o sexto nascido no Maranhão a integrar o Supremo no período republicano. Antes dele, Costa Barradas, Pindahiba de Mattos, João Pedro Belfort Vieira, Viveiros de Castro e Carlos Madeira também passaram pelo plenário da Corte.
Além disso, segundo dados do tribunal, os Estados mais representados na história republicana foram Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul, enquanto o Nordeste teve 55 ministros indicados ao longo dos anos, com a Bahia e Pernambuco sendo os mais representados.
Outro fator que chama atenção é que em 132 anos de existência da Corte, seis Estados e o Distrito Federal não tiveram sequer um ministro indicado. São eles: Acre, Amapá, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima e Tocantins.
A formação atual do STF é representada por ministros de seis Estados diferentes, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais e Piauí. Destaca-se também o ministro Gilmar Mendes, que nasceu em Mato Grosso, mas construiu sua carreira principalmente em Brasília.
A indicação de Flávio Dino para o STF traz mais diversidade geográfica à Corte e amplia a representatividade dos Estados nordestinos, que historicamente tiveram menos representação no tribunal. Resta aguardar a aprovação do Senado para que o ministro possa assumir o cargo e contribuir para a pluralidade no Supremo Tribunal Federal.