A Sociedade Brasileira de Física lamentou a morte de Thereza, reconhecendo sua importância no desenvolvimento da física nuclear no Brasil. A cientista foi responsável pelo Laboratório de Emulsões Nucleares e Outras Técnicas, tendo inclusive colaborado com a Universidade de Tóquio em estudos de interações nucleares de alta energia.
Ao longo de sua carreira, Thereza participou ativamente da formação de inúmeros jovens, tanto através da pesquisa quanto do ensino da física. Seus colegas e amigos destacam sua seriedade, competência e dedicação à ciência. Além disso, ressaltam sua postura rígida, porém sempre aberta a ouvir e considerar diferentes argumentos.
Na USP, Thereza teve uma trajetória marcada por 60 anos de dedicação. Tanto como professora, orientadora, cientista e administradora, ela era querida e respeitada por todos. Seu amigo Otaviano Helene relembra que muitos pesquisadores que hoje compõem o Instituto de Física foram alunos de Thereza, destacando sua competência como chefe do Departamento de Física Experimental.
Durante seu doutorado, ela foi orientada por Ernst Hamburger, físico brasileiro reconhecido internacionalmente por seus trabalhos sobre a organização dos núcleos dos átomos. Thereza deixou um grande legado na física nuclear no país e sua dedicação à academia e ao ensino da física será sempre lembrada.
A morte de Thereza em 28 de maio deixa um vazio na comunidade científica brasileira, porém sua contribuição e sua influência continuarão sendo sentidas por muitos anos. Ela deixa um legado de conhecimento, dedicação e paixão pela física, além de um grande impacto na formação de jovens cientistas.