Repórter São Paulo – SP – Brasil

Fiocruz pede ao Ministério da Saúde produção nacional de vacina contra a dengue em parceria com laboratório japonês.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) fez um pedido ao Ministério da Saúde para a produção nacional do imunizante contra a dengue, com o objetivo de ampliar a oferta e garantir o acesso dos brasileiros a essa vacina. A solicitação foi feita por meio da Parceria de Desenvolvimento Produtivo e ainda está em fase de submissão, aguardando análise por parte da pasta responsável.

Segundo informações obtidas pela imprensa, o Ministério da Saúde informou que o pedido será avaliado pelo Comitê Deliberativo e pela Comissão Técnica de Avaliação do Complexo Econômico-Industrial da Saúde. A decisão final sobre a produção nacional do imunizante ainda não tem um prazo definido para ser tomada.

Atualmente, a vacina contra a dengue disponível no Brasil é fabricada pela empresa japonesa Takeda. No entanto, a Fiocruz pretende estabelecer uma parceria para que a produção seja realizada em território nacional, possibilitando uma maior autonomia na oferta desse importante recurso de prevenção.

O imunizante é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças de 10 a 14 anos, sendo aplicado em duas doses. Além disso, pessoas com idade entre 4 e 60 anos podem se vacinar em clínicas particulares. A busca por alternativas para combater a dengue também inclui a implementação de tecnologias inovadoras, como o uso de mosquitos infectados com a bactéria Wolbachia e a produção de novas vacinas, como a desenvolvida pelo Instituto Butantan.

Apesar dos esforços do governo para enfrentar a dengue, o país ainda enfrenta um cenário preocupante, com milhões de casos e milhares de óbitos registrados somente em 2024. Os estados mais afetados pela doença são São Paulo, Minas Gerais e Paraná, que apresentam altos índices de contaminação.

Diante desse contexto, a produção nacional do imunizante contra a dengue pode representar um avanço significativo na luta contra essa doença, contribuindo para a redução dos casos e óbitos causados pelo vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. A expectativa é que novas medidas e estratégias sejam adotadas para fortalecer a prevenção e controle da dengue no Brasil.

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