Financiamento para o direito ao aborto impulsiona campanhas democratas nas eleições de 2022, com republicanos liderando doações anti-aborto

Recentemente, o debate sobre o direito ao aborto nos Estados Unidos ganhou destaque devido ao reforço financeiro que tem sido destinado para as campanhas de políticos democratas que apoiam essa causa. O presidente Joe Biden, por exemplo, tem colocado a proteção dos direitos ao aborto como uma parte central de sua mensagem de campanha à reeleição.

A Suprema Corte, com uma maioria conservadora de 6 votos a 3, reverteu um precedente histórico de 1973 que legalizava o aborto nacionalmente, conhecido como Roe v. Wade. Essa decisão levou 14 Estados a adotarem medidas que proíbem ou restringem severamente o procedimento, o que gerou indignação e mobilização por parte de apoiadores do direito ao aborto.

Segundo dados da OpenSecrets analisados pela Reuters, grupos como super PACs receberam a maior parte das contribuições daqueles que defendem o direito ao aborto neste ciclo eleitoral, totalizando 65,8% do montante arrecadado. Por outro lado, candidatos republicanos e comitês do partido receberam a maior parte das contribuições de grupos anti-aborto, representando cerca de 75,95%.

Os PACs (Comitês de Ação Política) desempenham um papel crucial nesse cenário, pois são responsáveis por arrecadar fundos para candidatos e causas políticas. É importante ressaltar que esses comitês são diferentes dos super PACs, que podem receber doações ilimitadas, mas não podem coordenar diretamente com as campanhas.

Até o momento, os PACs e super PACs alinhados com causas anti-aborto arrecadaram cerca de 3,54 milhões de dólares, enquanto os grupos a favor do direito ao aborto receberam 15,3 milhões de dólares. Esses números refletem a polarização e a importância do debate em torno desse tema na atualidade.

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