A psicóloga Juliana Fernandes destaca que a sensação de desamparo pode ser comum entre aqueles que enxergavam a rede como um “espaço de habitação”. Com a saída repentina do X, muitos se sentem órfãos, questionando para onde ir e como manter a conexão com a comunidade virtual que construíram ao longo do tempo.
Para alguns usuários, como o advogado Arthur Rovere, a falta do X resultou em um novo comportamento de busca por substitutos para expressar seus pensamentos e interagir com amigos. Rovere passou a utilizar notas no celular e um aplicativo de diário virtual para compartilhar suas reflexões, além de responder mais mensagens no WhatsApp, que antes deixava de lado.
Algumas pessoas têm encontrado no aplicativo “BlueSky” um substituto para o X, resultando em um aumento recorde de acessos entre os brasileiros. O gerente de produto Lucas Morales, que já era usuário do BlueSky devido às instabilidades anteriores do X, destaca a sensação de retorno a um Twitter mais antigo e menos poluído por bots e contas automatizadas.
A psicóloga Juliana Fernandes alerta para a importância de uma relação saudável com as redes sociais, uma vez que a liberação de dopamina causada pelos likes e comentários pode levar a vícios e desorganizações emocionais. Ela ressalta que é fundamental estar atento aos sinais de um uso problemático da internet e buscar equilíbrio para uma vida digital mais saudável e produtiva. Portanto, a ausência do X pode ser uma oportunidade para um “detox digital” e uma reflexão sobre o uso consciente das redes sociais.