Entre os adolescentes, três eram negros, sendo um deles filho da embaixatriz do Gabão, Julie-Pascale Moudouté-Bell, que criticou veementemente a ação policial. Os outros dois adolescentes negros eram filhos de diplomatas do Canadá e de Burkina Fasso, enquanto o adolescente branco era neto do jornalista Ricardo Noblat.
Segundo relatos, os jovens estavam retornando da praça Nossa Senhora da Paz após uma partida de futebol quando foram abordados pelos policiais armados com fuzis e pistolas. Os adolescentes foram empurrados para a garagem do prédio e revistados, causando indignação nas famílias e na comunidade.
A embaixatriz expressou sua revolta diante da situação ao questionar a conduta dos policiais, destacando a vulnerabilidade dos adolescentes diante das armas apontadas para suas cabeças. As famílias dos jovens denunciaram o caso ao Itamaraty e nas redes sociais, alegando que a abordagem foi racial e criminosa.
A mãe do adolescente branco, Rhaiana Rondon, relatou que os quatro amigos estavam apenas deixando um colega na porta do prédio quando foram abordados de forma abrupta e agressiva pelos policiais. A Polícia Militar informou que os agentes envolvidos na ação portavam câmeras corporais e que as imagens serão analisadas para verificar possíveis excessos.
A família dos jovens exigiu justiça e repudiou a ação dos policiais, destacando a necessidade de respeito aos direitos humanos e ética por parte das autoridades. O caso chamou a atenção para a questão do preconceito racial e da violência policial, gerando discussões e debates sobre a segurança pública e a proteção dos cidadãos, especialmente dos mais jovens e vulneráveis.
