Filha e genro de casal de idosos são condenados a mais de 40 anos de prisão pela Justiça de SP.

A Justiça do estado de São Paulo condenou na última segunda-feira (21) uma filha pelo assassinato de seus pais em 2010, na cidade de Santana de Parnaíba. Roberta Nogueira Tafner de Sousa foi sentenciada a mais de 40 anos de prisão, com pena de 49 anos e nove meses, enquanto seu companheiro, Willians de Sousa, recebeu uma pena de 42 anos e oito meses. O escritório de advocacia Arantes de Paiva, que representa a dupla, afirmou que considera a condenação injusta e pretende entrar com um recurso.

O crime em questão ocorreu no dia 2 de outubro de 2010, quando Tereza Maria do Carmo Nogueira Cobra, então com 60 anos, e Wilson Roberto Tafner, de 68, foram encontrados mortos a facadas na residência da família em Santana de Parnaíba. Apesar de serem divorciados, Tereza e Wilson mantinham um bom relacionamento e costumavam passar feriados e fins de semana juntos.

De acordo com a Polícia Civil, os pais foram assassinados pela própria filha e pelo genro devido a uma disputa pela herança. Wilson era dono de uma empresa de representações e Maria era advogada. Além dos negócios, eles possuíam imóveis e um seguro de vida no valor de R$ 1 milhão, cuja beneficiária era a filha.

Segundo Marcos Velloza, investigador-chefe da Delegacia de Homicídios de Carapicuíba, Willians foi responsável por desferir as facadas que mataram o casal, enquanto Roberta auxiliou no planejamento do crime. Ambos poderão recorrer em liberdade.

A condenação dos réus foi resultado de um trabalho investigativo minucioso da polícia, que reuniu provas que apontam a participação do casal no assassinato dos pais de Roberta. Além disso, a disputa pela herança, somada ao histórico de violência familiar, reforçam a tese levantada pela acusação.

O julgamento e a condenação da filha e do genro revelam uma triste realidade em que os laços familiares são rompidos por interesses materiais. O caso serve de alerta para a importância do diálogo e da busca de soluções pacíficas em situações de conflito familiar, a fim de evitar tragédias como essa.

Agora, caberá ao sistema judiciário avaliar os recursos apresentados pela defesa e decidir se mantém ou não a sentença de mais de 40 anos de prisão para os condenados. A expectativa é que haja um desfecho definitivo para esse caso e que a justiça seja feita em prol das vítimas e de seus familiares.

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