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Filha de Ronnie Lessa revela em depoimento sua luta contra transtornos mentais e a decepção com o pai assassino

No dia 12 de março de 2018, o endereço da Rua do Bispo tornou-se uma das principais provas contra um indivíduo, levando sua defensora a se questionar e reafirmar sua lealdade. Em uma atitude de fidelidade inabalável, ela reconheceu que mesmo diante dessa evidência continuou a apoiá-lo. A investigação revelou que dois dias antes do crime, Lessa realizou uma pesquisa pelo endereço de Marielle, o que gerou desconfiança e dúvidas que ela precisou confrontar.

Em um depoimento marcado por uma série de revelações íntimas e emocionais, a pessoa em questão mencionou que está em processo de terapia e toma medicamentos controlados. Além disso, compartilhou que o tempo dedicado ao pai resultou em um aumento significativo de peso, devido às questões emocionais envolvidas. Doenças como TOC e tricotilomania agravaram-se ao longo do tempo, causando impacto em sua saúde mental e física.

A relação conturbada com o pai foi exposta durante o depoimento, em que ela revelou sentimentos conflitantes e o peso de carregar o sobrenome dele. Apesar de passar cinco anos defendendo-o veementemente, a delação por parte dele foi um golpe duro em sua confiança e lealdade. Ainda assim, mesmo diante de tudo, a ligação familiar é forte e ela continua a visitá-lo na cadeia, ainda que o perdão seja um caminho difícil de trilhar.

A emoção também marcou o depoimento do ex-PM Ronnie Lessa, que confessou ter mentido para a filha durante anos sobre sua participação no crime. O relato de sua filha ao descobrir a verdade evidencia a complexidade das relações familiares diante de situações extremas. As audiências de instrução promovidas pelo STF têm revelado detalhes importantes do caso, com depoimentos que impactam não apenas os envolvidos mas também a sociedade em geral.

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