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Febraban e Abrasel avançam em solução para as novas regras do parcelado sem juros no cartão de crédito

Em uma reunião realizada nesta quinta-feira (19), a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) buscaram chegar a um consenso sobre as novas regras do parcelado sem juros no cartão de crédito. O encontro contou com a participação dos presidentes das duas entidades, Isaac Sidney (Febraban) e Paulo Solmucci (Abrasel), além do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, atual presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras. A iniciativa ocorre em meio aos debates sobre o projeto de lei aprovado pelo Senado que estabelece limites para os juros do rotativo do cartão de crédito.

De acordo com Paulo Solmucci, os representantes conseguiram avançar muito na busca por uma solução para o parcelado sem juros. No entanto, ele destacou que ainda faltam alguns detalhes a serem acertados em conjunto, principalmente com a aprovação do Banco Central. A próxima reunião entre as entidades está marcada para o dia 7 de novembro.

Os bancos têm mostrado resistência em relação à regulamentação do parcelado sem juros. Apesar de concordarem com a limitação dos juros do rotativo do cartão de crédito, eles não aceitam a medida sem uma contrapartida. A proposta discutida pelo Banco Central é estabelecer um teto de 12 parcelas para as compras sem juros no cartão, mas ainda não está claro se essa ideia será adotada.

Representantes do varejo afirmam que os bancos já sinalizaram a possibilidade de reduzir o parcelado para no máximo seis vezes, mas afirmam que estariam dispostos a aceitar parcelamentos em até nove vezes. As entidades envolvidas têm até três meses para apresentar uma proposta de autorregulamentação antes que o projeto de lei seja aprovado.

A reunião entre a Febraban e a Abrasel mostra o esforço das entidades em encontrar um consenso sobre as novas regras do parcelado sem juros no cartão de crédito. A proposta de estabelecer um teto de parcelas para as compras sem juros é uma das ideias discutidas, mas ainda não está claro se essa medida será adotada. A expectativa é de que os debates avancem nas próximas reuniões e que seja possível chegar a um acordo que atenda aos interesses de todos os envolvidos na cadeia do crédito.

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