De acordo com a Fapesp, os recursos desviados dizem respeito a 75 projetos liderados por 36 pesquisadores. A instituição ressaltou que ainda não foi possível determinar quanto desse montante foi aplicado nos projetos e quanto foi desviado. Uma auditoria mais detalhada está em andamento para esclarecer essa questão.
Outra auditoria, realizada pelo próprio Instituto de Biologia da Unicamp, já havia constatado um desvio de R$ 3 milhões. A Unicamp informou que aguarda a conclusão da sindicância interna para tomar medidas em relação ao prejuízo causado.
Ligiane Marinho de Ávila deixou o país após o caso ganhar repercussão, embarcando em um voo para a França. Ela é alvo de investigações tanto do Ministério Público quanto da polícia local. O advogado responsável por sua defesa afirmou que ela ainda não foi notificada para prestar esclarecimentos sobre as acusações.
A investigação apontou que Ligiane utilizou notas fiscais falsas de sua empresa para desviar recursos destinados à pesquisa. Além disso, realizou transferências bancárias para sua própria conta bancária. A empresa foi encerrada logo após sua demissão.
O Instituto de Biologia da Unicamp está cooperando com as autoridades para esclarecer o caso e recuperar os recursos desviados. A Fapesp continua cobrando dos pesquisadores as devidas prestações de contas e informações necessárias para elucidar o ocorrido.