Advogados e parentes das vítimas estão buscando evidências que embasem a tese de que a empresa teria sido negligente na manutenção da aeronave envolvida na tragédia. Relatos de usuários sobre problemas técnicos em viagens no mesmo avião, como ar-condicionado desligado, e denúncias de ex-funcionários da companhia sobre problemas na aeronave têm sido discutidos. No entanto, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que o avião ATR-72 envolvido no acidente estava em condições regulares e com certificados válidos.
Diante das circunstâncias alarmantes, a Secretaria Nacional do Consumidor, ligada ao Ministério da Justiça, concedeu um prazo de 48 horas para a Voepass fornecer informações sobre as condições de suas aeronaves, incluindo modelos, anos de fabricação e periodicidade de revisões. Além disso, o órgão solicitou esclarecimentos sobre o atendimento às famílias das vítimas e as condições gerais dos voos operados pela companhia.
Até o momento, 17 corpos de vítimas do acidente foram identificados e oito já foram liberados às famílias. Outros nove corpos estão em processo de documentação para liberação. O governo de São Paulo tem emitido boletins atualizando o andamento das identificações e liberações dos corpos.
A tragédia envolvendo o voo 2283 da Voepass trouxe à tona questões cruciais sobre a segurança da aviação comercial e a responsabilidade das empresas em garantir a integridade dos passageiros. A investigação sobre as causas do acidente continua em andamento, enquanto as famílias das vítimas clamam por respostas e justiça.