Familiares de vítimas do acidente aéreo pressionam por respostas da companhia aérea Voepass em investigação de suposta negligência.

Na última sexta-feira, uma tragédia abalou o país com a queda de um avião comercial da companhia Voepass em uma área residencial de Vinhedo, interior de São Paulo. Com 62 pessoas a bordo, o acidente resultou em nenhuma sobrevivência, deixando famílias destroçadas e levantando uma série de questionamentos sobre a segurança e manutenção das aeronaves.

Advogados e parentes das vítimas estão buscando evidências que embasem a tese de que a empresa teria sido negligente na manutenção da aeronave envolvida na tragédia. Relatos de usuários sobre problemas técnicos em viagens no mesmo avião, como ar-condicionado desligado, e denúncias de ex-funcionários da companhia sobre problemas na aeronave têm sido discutidos. No entanto, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que o avião ATR-72 envolvido no acidente estava em condições regulares e com certificados válidos.

Diante das circunstâncias alarmantes, a Secretaria Nacional do Consumidor, ligada ao Ministério da Justiça, concedeu um prazo de 48 horas para a Voepass fornecer informações sobre as condições de suas aeronaves, incluindo modelos, anos de fabricação e periodicidade de revisões. Além disso, o órgão solicitou esclarecimentos sobre o atendimento às famílias das vítimas e as condições gerais dos voos operados pela companhia.

Até o momento, 17 corpos de vítimas do acidente foram identificados e oito já foram liberados às famílias. Outros nove corpos estão em processo de documentação para liberação. O governo de São Paulo tem emitido boletins atualizando o andamento das identificações e liberações dos corpos.

A tragédia envolvendo o voo 2283 da Voepass trouxe à tona questões cruciais sobre a segurança da aviação comercial e a responsabilidade das empresas em garantir a integridade dos passageiros. A investigação sobre as causas do acidente continua em andamento, enquanto as famílias das vítimas clamam por respostas e justiça.

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