Familiares das vítimas da boate Kiss realizam manifestações em memória dos 242 jovens mortos, 11 anos após o incêndio

Há 11 anos, a cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, foi palco de uma das maiores tragédias do país. O incêndio na boate Kiss, que ocorreu em 27 de janeiro de 2013, resultou na morte de 242 jovens e deixou mais de 600 feridos. Neste sábado, os familiares das vítimas se reuniram para realizar manifestações em memória às vítimas.

A madrugada foi marcada por uma emocionante caminhada, onde os moradores da cidade usavam máscaras brancas e se reuniram na praça Saldanha Marinho, no centro de Santa Maria, onde uma tenda foi montada para acolher os familiares das vítimas. O percurso seguiu até o prédio onde funcionava a boate, na Rua dos Andradas, área central da cidade. Durante a caminhada, as máscaras foram colocadas na parede do prédio, juntamente com flores e itens pessoais das vítimas.

Às 2h30, horário em que o incêndio teve início, os presentes realizaram a leitura dos nomes de todas as vítimas, além do badalar dos sinos. As manifestações foram organizadas por entidades como o Coletivo Kiss: Que não se repita (KQNSR) e a Associação de Vítimas da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), que buscam justiça e memória para aqueles que perderam a vida na tragédia.

Além das manifestações, os familiares instalaram placas pretas pelas ruas com os nomes das vítimas e frases como “Eu não sou apenas um número”, reivindicando a memória e a individualidade de cada vítima.

No entanto, a luta por justiça ainda continua. Após a anulação do primeiro julgamento, os quatro réus respondem em liberdade. O tribunal de júri está marcado para 26 de fevereiro de 2024, o que mantém aberto o capítulo de dor e tristeza para os familiares das vítimas.

A tragédia da boate Kiss marcou profundamente o país e, desde então, as famílias das vítimas batalham por justiça e por um desfecho que traga algum tipo de paz e conforto após a perda de seus entes queridos.

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