A madrugada foi marcada por uma emocionante caminhada, onde os moradores da cidade usavam máscaras brancas e se reuniram na praça Saldanha Marinho, no centro de Santa Maria, onde uma tenda foi montada para acolher os familiares das vítimas. O percurso seguiu até o prédio onde funcionava a boate, na Rua dos Andradas, área central da cidade. Durante a caminhada, as máscaras foram colocadas na parede do prédio, juntamente com flores e itens pessoais das vítimas.
Às 2h30, horário em que o incêndio teve início, os presentes realizaram a leitura dos nomes de todas as vítimas, além do badalar dos sinos. As manifestações foram organizadas por entidades como o Coletivo Kiss: Que não se repita (KQNSR) e a Associação de Vítimas da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), que buscam justiça e memória para aqueles que perderam a vida na tragédia.
Além das manifestações, os familiares instalaram placas pretas pelas ruas com os nomes das vítimas e frases como “Eu não sou apenas um número”, reivindicando a memória e a individualidade de cada vítima.
No entanto, a luta por justiça ainda continua. Após a anulação do primeiro julgamento, os quatro réus respondem em liberdade. O tribunal de júri está marcado para 26 de fevereiro de 2024, o que mantém aberto o capítulo de dor e tristeza para os familiares das vítimas.
A tragédia da boate Kiss marcou profundamente o país e, desde então, as famílias das vítimas batalham por justiça e por um desfecho que traga algum tipo de paz e conforto após a perda de seus entes queridos.