Família denuncia negligência médica em caso de faxineira que sofreu AVC durante plantão hospitalar. #Saúde #NegligênciaMédica

No último domingo, uma família viveu momentos angustiantes ao buscar atendimento médico para sua matriarca, Maria de Lourdes, no Hospital Municipal de Maringá. Segundo relatos de Rafael Lemos, filho de Maria de Lourdes, a falta de prontuário da mãe acabou sendo um obstáculo para receberem a ajuda necessária.

Rafael conta que, devido à ausência do prontuário, os médicos não puderam tomar nenhuma providência e a mãe dele não pôde permanecer no hospital. Essa situação deixou o filho em estado de choque, especialmente porque Maria de Lourdes estava desorientada naquele momento. O temor de Rafael era que sua mãe viesse a falecer ali mesmo e não lhe dessem tempo de levá-la a outro hospital.

A família também demonstrou indignação com a recusa do hospital em autorizar o uso de uma ambulância. Assim, eles tiveram que colocar Maria de Lourdes, que estava impossibilitada de andar, dentro de um carro para levá-la a outra unidade de saúde. Somente nesse novo local é que foi realizada uma tomografia, que diagnosticou um AVC.

Após passar por uma cirurgia, Maria de Lourdes recebeu alta na última quarta-feira. No entanto, ela ficou com sequelas motoras e na fala. Diante dessa situação, a família planeja entrar com um processo contra o hospital por negligência.

A administração do Hospital Municipal de Maringá alega que não possui pronto-socorro aberto e atende apenas pacientes encaminhados pela Secretaria de Saúde. Além disso, afirmam que a faxineira não apresentava sinais de AVC e foi liberada devido ao avanço de seu quadro clínico. Essas alegações, no entanto, são contestadas por funcionários da unidade de saúde.

Um servidor do hospital, que preferiu não se identificar, afirmou que Maria de Lourdes estava em condições muito piores do que quando deu entrada no atendimento. Ele ressalta a contradição de se estar dentro de um hospital geral, com todos os sintomas compatíveis com um AVC, e o estabelecimento fugir da sua responsabilidade.

A família agora busca respostas e justiça diante do descaso e negligência que acreditam ter sofrido. Esses casos de falta de prontuário e recusa de atendimento são preocupantes e evidenciam a necessidade de uma maior atenção e agilidade por parte das unidades de saúde. Medidas devem ser tomadas para que casos como esse não se repitam e tragam ainda mais sofrimento para aqueles que buscam auxílio médico em momentos de emergência.

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