Na entrevista, Kuss de Souza afirmou que o valor estipulado é insuficiente para reparar os danos materiais e morais enfrentados por suas clientes durante o período de detenção em Frankfurt, de março a abril de 2023. Além do prejuízo causado pela viagem perdida, a advogada mencionou a falta de medicamentos apropriados para Kátyna na prisão, a apreensão de celulares, os custos com advogados e psicólogos, e a perda de renda no trabalho.
Ainda há questões não respondidas sobre o caso, como a identidade da organização criminosa na Alemanha envolvida na troca de malas com cocaína e o motivo pelo qual não foi verificado quem esperava as malas no momento da apreensão. Outro episódio semelhante ocorreu na Turquia com um casal líbio-brasileiro, levando a advogada a enviar um relatório à Justiça turca detalhando os acontecimentos na Alemanha.
Após o caso em Frankfurt, houve uma operação da Polícia Federal brasileira que resultou na prisão de suspeitos envolvidos na troca de etiquetas de bagagens para o tráfico de drogas. O governo federal brasileiro também implementou medidas para reforçar a segurança nas áreas de aeroportos responsáveis pelo despacho de malas em viagens internacionais.
A advogada do casal destacou as falhas do governo e da Justiça alemã no tratamento do caso, incluindo a demora na apresentação de provas e a falta de comunicação sobre os procedimentos investigativos em andamento. Ela ressaltou a necessidade de uma indenização adequada para compensar todos os danos sofridos pelas brasileiras durante o período de prisão injusta.
Em suma, o caso das brasileiras detidas na Alemanha por engano levanta questões importantes sobre procedimentos policiais e judiciais, a proteção dos direitos humanos e a necessidade de uma reparação adequada para vítimas de erros judiciais. A busca por justiça e compensação continua enquanto o processo de indenização avança.
