Repórter São Paulo – SP – Brasil

Falta de acordo em Rafah representa novo golpe para mais de um milhão de palestinos vivendo em situação precária.

A falta de acordo entre Israel e o Hamas representou um novo golpe para os mais de um milhão de palestinos amontoados em Rafah, próxima à fronteira com o Egito. Muitos estão vivendo em acampamentos e abrigos improvisados após fugirem dos bombardeios israelenses em outras partes de Gaza.

Os militares israelenses afirmam que buscam expulsar os militantes islâmicos dos esconderijos em Rafah e libertar os reféns que estão sendo mantidos lá após o ataque do Hamas em Israel no dia 7 de outubro. No entanto, não deram detalhes de um plano proposto para retirar os civis da área.

“A notícia foi decepcionante. Esperávamos que houvesse um acordo no Cairo. Agora estamos contando os dias para que Israel envie tanques. Esperamos que eles não o façam, mas quem pode impedi-los?”, disse à Reuters Said Jaber, um empresário de Gaza abrigado em Rafah com sua família.

Ele ressaltou a situação precária em que se encontram, após perderem suas casas e empregos, e a preocupação com a reconstrução de Gaza. Questionou também quando o mundo irá parar com o massacre do povo palestino por Israel.

Israel afirma que toma medidas para minimizar as baixas civis e acusa os combatentes do Hamas de se esconderem entre os civis, inclusive em hospitais e abrigos – algo que o grupo militante nega.

A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, destacou que uma ofensiva do Exército israelense em Rafah “comprometeria completamente a situação humanitária”. Ela deve manter conversações com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu na quarta-feira para discutir a situação.

Em meio a esse cenário de conflito e incerteza, os palestinos em Rafah permanecem à espera de uma solução que devolva a eles a segurança, a estabilidade e a esperança de reconstruir suas vidas. A comunidade internacional segue atenta à situação, esperando que soluções diplomáticas possam ser encontradas para acabar com o sofrimento do povo palestino.

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