De acordo com Teichmann, o dispositivo construído ao longo do lago Guaíba, que deveria proteger 40% da cidade, não foi capaz de evitar os danos causados pelas enchentes. O consultor de engenharia e ex-diretor adjunto do serviço de água e esgoto da capital do Rio Grande do Sul, que conta com 1,4 milhão de habitantes, explicou à AFP que as tempestades sem precedentes resultaram no pior desastre natural da história do estado, deixando pelo menos 150 mortos e mais de cem desaparecidos.
As inundações obrigaram mais de 600.000 pessoas a deixarem suas casas, evidenciando a falta de preparo das autoridades e dos sistemas de proteção da cidade. Apesar dos esforços das equipes de resgate e defesa civil, a magnitude da tragédia expôs as fragilidades da infraestrutura local e a necessidade de investimentos mais robustos em medidas preventivas.
Diante desse cenário, é urgente que as autoridades locais e estaduais revisem os sistemas de proteção contra enchentes e implementem melhorias significativas para evitar que tragédias semelhantes se repitam no futuro. A população de Porto Alegre aguarda respostas concretas e ações efetivas por parte das autoridades responsáveis, a fim de garantir a segurança e o bem-estar de todos os cidadãos.